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terça-feira, 27 de março de 2012

A VISIBILIDADE DO FUTSAL NO FEMININO... 2


Veja o video no You Tube


É evidente que os denominados "Clubes Grandes" dão visibilidade. Mas será que tudo seria possível sem aqueles e aquelas que no dia a dia trabalham para que milhares de jovens tenham acesso à prática?
Sem nós "os pequenos" nada seria possível!

quinta-feira, 22 de março de 2012

A VISIBILIDADE DO FUTSAL NO FEMININO

As Lombitas agradecem a todos os meios que de alguma forma publicitaram o Bi-Campeonato conquistado e que ajudam a dar visibilidade ao futsal no feminino.

Os jogos entre o CRCQL e o SL Benfica já são seguidos com muito interesse pelos fãs da modalidade. Sabemos que esse interesse vem do facto de ser contra o Benfica mas também porque normalmente tem um grau de qualidade elevado para a média do nosso país.

Desde já fica aqui a nossa mensagem: - Queremos um campeonato nacional, gostávamos de ter sempre jogos como os dois últimos que fizemos, queremos ganhar todos os jogos até ao final do campeonato. Se formos à Taça Nacional com o SL Benfica, e se não formos melhores, é porque não merecemos ser campeãs nacionais.

Voltando à visibilidade, a qualidade do futsal no feminino tem de ser mostrada às pessoas que ainda não conhecem a modalidade.

A situação actual é muito preocupante, gostamos da visibilidade que se está a dar ao futebol no feminino nos jornais  desportivos, é mais do que justa, agora já é mais discutível quando não se dá uma única notícia em relação aos campeões distritais de futsal, e pior, se utiliza uma notícia de uma ida a uma escola de três jogadoras de futsal do Benfica e se transforma numa notícia de futebol no feminino.

Será que somos todos iguais, mas "uns" são mais iguais que outros?

A qualidade merece ser reconhecida, seja ela no masculino ou no feminino, no futebol ou no futsal.

Queremos dar os parabéns ao Estoril Praia, esperemos que suba à  1ª Liga e que permaneça por lá muitos anos, mas só queríamos fazer uma pequena comparação para demonstrar que o interesse pelas modalidades nem sempre é o que as direcções dos jornais pensam...


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!



BOM FIM-DE-SEMANA!!!!


O desporto é uma das expressões mais saudáveis e positivas do Ser Humano, permite que este cresça e se desenvolva competindo com regras, valores e princípios. O adversário, algo de singular e respeitável, é fundamental para que haja evolução e desenvolvimento na prática desportiva quer seja em treino ou jogo. Nele aprendemos que @ àrbitr@ é um ser diferente, predisposto a fazer cumprir as leis da modalidade à qual se entrega, de uma forma ética e justa. @ treinador(a) é um(a) líder, que não tendo condições de prática (na maior parte dos casos), ou por investimento pessoal, educa e prepara @s desportistas para se realizarem e alcançarem os objectivos a que se propuseram, entregando-se à equipa e aos seus atletas. @ dirigente é fundamental para abrir caminho imprescindível à prática desportiva nas condições ideiais, priveligiando a segurança e a igualdade de oportunidades. @ praticante é @ protagonista, para el@ se orientam todos os esforços e intenções para que o desporto se torne parte integrante do seu desenvolvimento na sociedade.


A nossa reflexão passa pela necessidade de se criarem condições a todas as modalidades desportivas sem excepção, definindo regras, regulamentos e leis homogéneas. O grau de cumprimento tem de ser justamente avaliado por entidades superiores, não se permitindo que interesses negociais, financeiros ou de simples poder prevaleçam sobre ideiais, valores e ética que se diferenciam no desporto. Mais do que aprender ou imitar outras àreas da sociedade, no bom e no mau, deve o desporto ser uma escola de vida que se distingue pela diferença, integridade e exemplo. Nele não existem raças, distinções sociais, riqueza ou pobreza, mas sim atletas, jogador@s e equipas que lutam por um objectivo comum, atingível com perseverança, lealdade, partilha, superação e solidariedade.


No seu estado puro une os povos, aproxima os vencedores e os derrotados, deixa ensinamentos, memórias e imagens que nos constroem como Pessoas. Mais do que uma competição é um fenómeno sadio, em que tod@s os que participam saem vitoriosos. Compete-nos a tod@s @s que gostamos de desporto continuar a torná-lo importante e acessível, num país onde cada vez há mais campeões!


Fonte: Jornal "A Bola" Autor Tomaz Morais

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL - AUTOR: TOMAZ MORAIS - FONTE: JORNAL A BOLA.



Momento de pausa e reflexão no desporto português: 2010 um ano recheado tanto de bons resultados como de polémicas resultantes de políticas, estruturas e conjunturas pouco apropriadas ao fundamento desportivo.
O desporto é uma das expressões mais saudáveis e positivas do Ser Humano, permite que este cresça e se desenvolva competindo com regras, valores e princípios. O adversário, algo de singular e respeitável, é fundamental para que haja evolução e desenvolvimento na prática desportiva quer seja em treino ou jogo. Nele aprendemos que @ àrbitr@ é um ser diferente, predisposto a fazer cumprir as leis da modalidade à qual se entrega, de uma forma ética e justa. @ treinador(a) é um(a) líder, que não tendo condições de prática (na maior parte dos casos), ou por investimento pessoal, educa e prepara @s desportistas para se realizarem e alcançarem os objectivos a que se propuseram, entregando-se à equipa e aos seus atletas. @ dirigente é fundamental para abrir caminho imprescindível à prática desportiva nas condições ideiais, priveligiando a segurança e a igualdade de oportunidades. @ praticante é @ protagonista, para el@ se orientam todos os esforços e intenções para que o desporto se torne parte integrante do seu desenvolvimento na sociedade.


A nossa reflexão passa pela necessidade de se criarem condições a todas as modalidades desportivas sem excepção, definindo regras, regulamentos e leis homogéneas. O grau de cumprimento tem de ser justamente avaliado por entidades superiores, não se permitindo que interesses negociais, financeiros ou de simples poder prevaleçam sobre ideiais, valores e ética que se diferenciam no desporto. Mais do que aprender ou imitar outras àreas da sociedade, no bom e no mau, deve o desporto ser uma escola de vida que se distingue pela diferença, integridade e exemplo. Nele não existem raças, distinções sociais, riqueza ou pobreza, mas sim atletas, jogador@s e equipas que lutam por um objectivo comum, atingível com perseverança, lealdade, partilha, superação e solidariedade.


No seu estado puro une os povos, aproxima os vencedores e os derrotados, deixa ensinamentos, memórias e imagens que nos constroem como Pessoas. Mais do que uma competição é um fenómeno sadio, em que tod@s os que participam saem vitoriosos. Compete-nos a tod@s @s que gostamos de desporto continuar a torná-lo importante e acessível, num país onde cada vez há mais campeões!

quarta-feira, 3 de março de 2010

LIGAÇÃO DIRECTA: CARLOS GODINHO (FPF) FALA SOBRE FUTSAL FEMININO


LEIA AQUI! ... OS DESENVOLVIMENTOS...

AFINAL É TUDO TÃO SIMPLES...!
EM RELAÇÃO AO CAMPEONATO NACIONAL:
1) OS CLUBES PROPÕEM ÀS ASSOCIAÇÕES
2) AS ASSOCIAÇÕES PROPÕEM À FPF
3) EM AG DA FPF COM OS SÓCIOS HONORÁRIOS É DECIDIDO

PORQUE É QUE AINDA NÃO SE FEZ?
PORQUE OS CLUBES NÃO SE UNEM E NÃO PRESSIONAM AS ASSOCIAÇÕES
PORQUE SÓ MEIA DUZIA DE PESSOAS ESTÃO REALMENTE INTERESSADAS E A FPF SABE E VALE-SE DISSO

MAS ALGO VAI E ESTÁ A MUDAR!!!!

AGORA SIM EU SINTO UM OPTIMISMO... VEM AÍ O JOGO DE TODOS E PARA TODAS!!!!

ESTEJAM ATENTA(O)S... ELE ESTÁ A CHEGAR!!!


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A REDE - 7-3-2009

"Este foi um artigo escrito em Março do Ano passado. Passou um ano e poder-se-á dizer que pouco mudou. Há que fazer selecções de Futebol Feminino e a solução passa sempre pelo que está mais à mão: O FUTSAL. Existem indícios por parte da FPF em querer apostar no Futebol Feminino. A forma é que não parece ser a mais correcta e adequada à realidade do desporto feminino no nosso país. O projecto "O JOGO DAS RAPARIGAS" irá ajudar a descobrir novos caminhos em conjunto para as duas modalidades. Espero daqui a cinco anos recolher novas estatísticas e verificar a existência de muito mais atletas nas duas modalidades e competições ajustadas ao seu desenvolvimento. Entretanto as jogadoras do CRCQL praticam FUTSAL durante a época. No final da mesma podem-se divertir a jogar Futebol de 7, Futebol de 11, Futebol de Praia, Andebol, Basquetebol, enfim tudo o que seja saudável e as divirta!"

Fernanda Piçarra


Nas vésperas de mais um dia Internacional da Mulher, sinto-me na obrigação de escrever, porque muito poucos o fazem, sobre a realidade do Futsal Feminino em Portugal.
Porquê o título da Rede? Porque, hoje em dia na nossa sociedade tudo se passa em volta das redes, umas maiores, outras mais pequenas, mas todas elas redes de interesses.

A mensagem que eu gostava de passar é de que é tempo de formar a nossa rede e de lutar pelo Futsal em Geral e pelo Feminino em especial. Se não o fizermos, vamos lá chegar, não sei é quanto tempo durará!



A REDE GLOBAL DE INTERESSES

Temos uma Federação que tem como principal interesse a Selecção A de Futebol Masculino. Isto, porque depende financeiramente do retorno que ela proporciona. Vamos pedir a Deus que a Selecção se apure para o Mundial, pois, se tal não acontecer, tempos ainda mais difíceis se avizinham. Tal como o nosso Governo Depende das Politicas Comunitárias e dos Fundos que vêm da União Europeia, a FPF depende dos modelos de desenvolvimento da(s) modalidade(s) preconizadas pela UEFA e pela FIFA. Finalmente chegou-se à conclusão que uma das formas de desenvolvimento do Futebol passa pela captação das mulheres quer como consumidoras, quer como praticantes. Esta atitude reactiva por parte da FPF tem custos que agora e, possivelmente no Futuro, serão imputados ao Futsal Feminino.



A necessidade de ter selecções de Sub19 e Sub17 de Futebol de 11 Feminino para participar nas Competições organizadas pela UEFA, pôs a nu a falta de resposta e organização, que a FPF tem para promover uma modalidade. Ao contrário de outras Federações, de outras Modalidades, a FPF nunca precisou de lutar muito para ter praticantes. No que respeita ao sexo Feminino as coisas mudam de figura. A FPF, se quer ter mais praticantes de Futebol Feminino terá de promover várias políticas de uma forma estruturante e isso, na minha opinião, terá obrigatoriamente de passar pelo desporto escolar e pelas autarquias, tal como já fazem outras modalidades.

Nesta altura interrogar-se-ão, onde entra o Futsal aqui? Entra, porque olhando para os números, tal como eu o fiz hoje, a FPF arranjou uma solução conjuntural:

- CONVOCAR AS ATLETAS DO FUTSAL PARA AS SELECÇÕES DISTRITAIS E NACIONAIS!

Como são atletas da mesma Federação, o problema está resolvido e os argumentos são alguns:
- As atletas vão para o Futsal porque não têm possibilidade de praticar Futebol de 11;
- Como não existem Selecções Nacionais de Futsal e Competições Internacionais, as atletas têm uma boa oportunidade de se valorizarem e continuar a prática do Futsal.
Tudo isto seria razoável, se os Clubes de Futsal e, os seus responsáveis, sentissem que em todo este processo existe transparência e, que a FPF e as Associações, em colaboração com os Clubes, estariam a resolver um problema conjuntural, mas que o futuro das duas modalidades no Feminino estaria a ser precavido.
Na prática o que assistimos é a uma reestruturação dos Quadros Competitivos do Futebol de 11 Feminino, abrindo a segunda divisão nacional a todos os Clubes que se queiram iniciar na modalidade. Quem sou eu para refutar este modelo? Mas, não há duvida, que me suscita algumas interrogações, sobretudo do ponto de vista financeiro e logístico, conhecendo eu bem a realidade e a forma como o desporto feminino é encarado nos clubes. No entanto, assiste-se a alguma aproximação quanto ao modelo competitivo de outras Federações Desportivas.

Isto, enquanto no Futsal continuam na gaveta algumas propostas de reformulação dos Quadros competitivos. A Taça Nacional Sénior Feminina tem um formato competitivo completamente desactualizado, da Taça Nacional Feminina Júnior nem se fala ou quer ouvir falar e a Selecção Nacional não tem cabimento.
As principais Associações do País parecem não estar muito empenhadas em alterar o que quer que seja, será algum conflito de interesses que ponha em causa algo importante? E então o interesse dos Clubes Filiados? E se os dirigentes, treinadores e jogadoras se fartarem? Acaba a galinha dos ovos de ouro? E depois quando a FIFA e a UEFA acordarem para o FUTSAL, vão começar quase tudo do zero e fazer tudo à pressa e em cima do joelho como acontece hoje no Futebol de Onze feminino? Será que já pensaram que, sem muito trabalho, têm mais do que outras modalidades se esforçam por ter?

Vejamos por exemplo o caso do Andebol Feminino.

1) Quadros Competitivos Nacionais (Masculino e Feminino):

2) Número de Atletas Femininos Época 2006/2007
Comparando estes números com os do Futsal Feminino:

FONTE: PORTAL FPF 6-3-2009

Temos então que o Futsal Feminino, tem uma base de formação reduzida mas, por outro lado, as jogadoras têm a tendência para continuar a praticar a modalidade até mais tarde, sendo por isso a modalidade colectiva com mais jogadoras no escalão sénior.

Ter quadros competitivos ajustados à evolução da modalidade, é algo a que temos direito e pelo qual todos devemos lutar, isto porque as entidades que são responsáveis por o fazer, não estão a cumprir a sua função e, não o fazendo, estão a obstar ao seu desenvolvimento. Agora, não temos moral para o fazer, se tivermos Clubes e treinadores a indicar atletas para as Selecções de Futebol de 11, talvez incluídos numa das redes de interesses que falei no início. Está na altura de nos deixarmos de hipocrisias. O Futsal precisa de união para chegar mais longe, e não de meros interesses individuais, que apenas valorizam o ego mas não nos levam a lado nenhum.

Dedicado a todos os que sonham e lutam por um Futsal Melhor!

Fernanda Piçarra
Treinadora de Futsal Feminino
7-3-2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

LIGAÇÃO DIRECTA


UMA OPINIÃO QUE NOS ENCHE DE ORGULHO!
A MARISA É UMA NOVA LOMBITA QUE NOS VAI AJUDAR A CRESCER!
O FUTURO MOSTRARÁ COMO :).
OPINIÃO... IDEIAS... POR AÍ!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jornal do Fundão - Opinião - Desporto para quê?

Jornal do Fundão - Opinião - Desporto para quê?

A importância (ou a falta dela) do desporto para os nossos políticos...

Os principais partidos parlamentares que dedicam um capítulo dos programas eleitorais ao desporto, com excepção para o CDS/PP, defendem o incremento da prática desportiva, forma de promover o bem-estar dos cidadãos.

O PS defende a generalização da prática desportiva, através da aposta na oferta desportiva de proximidade, com infra-estruturas e equipamentos adequados.
Para o partido do governo, essa generalização deve passar pelas escolas e por parcerias com autarquias e com o movimento associativo desportivo, pelo apoio a projetos destinados às famílias e pelo incentivo da prática do desporto por mulheres e idosos.
O PS preconiza o "desenvolvimento do desporto escolar" e a sua "generalização e valorização".

O PSD pretende "incrementar os hábitos de prática desportiva e de vida activa dos cidadãos" trabalhando em parceria e colaboração com o movimento associativo desportivo, escolas e universidades, autarquias, empresas privadas e outras entidades.
O PSD quer passar para uma política desportiva "de desenvolvimento assistido, na linha do modelo europeu de desporto", em que as organizações desportivas "actuam tanto quanto lhes seja possível e os poderes públicos apenas quando seja necessário".
Aquele partido da oposição propõe-se prosseguir "um programa de desenvolvimento de uma rede de infra-estruturas desportivas de base e especializadas em articulação com as autarquias locais e o associativismo desportivo".

O programa do PCP defende o "desenvolvimento e a democratização da actividade física e desportiva e o desporto de massas" e critica a desvalorização e esquecimento do associativismo desportivo e recreativo.
Os comunistas criticam a "linha política de conversão do Estado em organizador de eventos publicitários" e "a colagem a resultados desportivos isolados e sua promoção propagandística, em prejuízo da estrutura desportiva nacional".

O Bloco de Esquerda pretende que crianças, jovens e adultos acedam "em condições de igualdade e qualidade" à prática desportiva, que representa "uma actividade social de valor intrínseco, constituindo uma fonte de bem-estar pessoal".
O BE critica as "teorizações dominantes" que reduzem o desporto ao combate de gladiadores profissionais" ou à atividade física individual para "moldar e disciplinar o corpo para a beleza e a saúde".
Defende o apoio ao associativismo voluntário e o fomento do desporto escolar em todos os graus de ensino.

O CDS/PP não tem no seu programa um capítulo específico sobre esta área e a palavra "desporto" apenas aparece quatro vezes no texto, duas no capítulo da educação e duas no de voluntariado.

Fonte Jornal Record Data: Sexta-Feira, 4 Setembro de 2009 - 10:21

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

TRANSGRIDAM! POR FAVOR!!!


FOTO: NUNO LOURENÇO


Um dia destes apresentaram-me um livro que era uma proposta de modelo de formação para o futebol de 11. Ao desfolhar o livro lá estava a decomposição do jogo e várias propostas para o treino do mesmo. Durante os muitos anos que levo como treinadora, tenho lido muito e tenho-me questionado sobre a melhor forma de formar. Penso que o equilibrio entre os aspectos tecnico-tácticos e os lúdicos, em que se estimula a criatividade e a capacidade de decisão dos atletas, são o ideal para o desenvolvimento dos mesmos. Hoje em dia o trabalho entre os clubes de topo é muito similar. A diferença é feita nos pormenores e a parte psicológica é fundamental nos momentos decisivos. Os grandes atletas distinguem-se na capacidade de arriscar no sítio e no tempo certos. É por isso que concordo muito com a forma como o Wilton Santana vê o futsal.

A necessária transgressão Maio/2009

Wilton Carlos de Santana
Docente do Curso de Esporte da UEL (PR) Doutor em Educação Física - UNICAMP (SP)

Se aos técnicos cabe a missão de, antecipadamente, durante os treinos, definirem os planos de ação dos jogadores, então o jeito de as equipes atuarem corresponde, em parte, à maneira daqueles raciocinarem o jogo. Como planos de ação entrariam, por exemplo, os princípios do sistema defensivo, o comportamento ofensivo coletivo diante da defesa adversária, as estratégias para as situações de bola parada etc. Até aí nada de novo, mas não pode passar despercebido o fato de que, exatamente por essa influência singular, o técnico tem de se manter constantemente atualizado, o que passa por assistir e estudar muitos jogos. Essa dedicação beneficiará os jogadores. Enquanto o técnico inquieto melhora os jogadores, o acomodado os atrasa.

Antes que alguém pense, pelo exposto, que os jogadores farão exatamente tudo o que os técnicos preestabelecerem, alerto que isso seria impossível, pois se trata de jogo, que tem na imprevisibilidade sua característica mais peculiar. Por isso escrevi que “em parte” o jogo da equipe corresponde ao pensamento do técnico. Acontecerá sempre algo mais por que os jogadores entrarão em quadra “vestidos” com os planos do técnico, mas também de “si mesmos”, isto é, da sua individualidade, alicerçada nas suas experiências.

“O jogador transgredirá, em alguma medida, o plano antecipadamente traçado pelo técnico, o que não exclui atuar sob sua influência. É uma transgressão necessária”.

Se houve compreensão até aqui, posso facilmente acrescentar que o técnico inventa um modelo de jogo (um jeito de jogar). Este será do tamanho da sua compreensão sobre o jogo. A meu ver, tanto melhor o modelo quanto mais incrementar, por um lado, o que os jogadores têm de melhor, isto é, suas virtudes e por outro lado lhes mascarar os defeitos. No entanto, mesmo sob um bom modelo de jogo, jogar será sempre mais complexo do que as idéias dos técnicos. Sempre as extrapolará.

O jogador, que é quem joga, transgredirá (irá além), em alguma medida, o plano antecipadamente traçado pelo técnico. Isso não exclui atuar sob sua influência. Cada um na sua. O técnico cria o modelo e o jogador a atitude. O técnico antecipa alguns planos para facilitar aos jogadores jogar e estes têm a difícil missão de solucionar problemas que ninguém previu que aconteceriam. O técnico dá os contornos para a atuação tática do jogador. O técnico coloca o jogador na quadra na posição certa e o insere num modelo de jogo ofensivo e defensivo. A partir daí é por conta do jogador.

O jogador inteligente jogará sob estratégias do técnico, mas dará vazão às suas próprias idéias, sem que isso comprometa o seu desempenho e o da equipe. É uma transgressão necessária. O jogador mediano não consegue fazer isso. Ele joga, exclusivamente, para cumprir ordens e se não acaba, por completo, comprometendo seu rendimento, sempre frustra o desejo do espectador de ver, no jogo, algo surpreendente. O técnico comum e o jogador mediano vão à quadra para trabalhar. Deveriam jogar. É o que fazem os grandes técnicos e os craques. Por isso diferenciam-se.

Fonte: PEDAGOGIA DO FUTSAL

domingo, 5 de julho de 2009

CULTURA DESPORTIVA

É evidente que no nosso país existe uma enorme falta de cultura desportiva. São muitos os factos que o demonstram. Nós não apreciamos o desporto por si só, sobretudo limitamo-nos a apoiar, pessoas, clubes, selecções etc...

Quando o presidente de um Clube diz aos jornalistas que não está ali para falar de futebol, está a ter um acto de coragem enorme e a demonstrar, que também os jornalistas (e sobretudo os redactores) deveriam ter um papel bem diferente na educação dos leitores quanto à forma como deveremos encarar o desporto.

O lema de que os fins justificam os meios já nos levou à crise não só económica e financeira, mas sobretudo de valores em que nos encontramos. Cabe-nos a nós todos alterarmos esta mentalidade.

HÁ QUE VALORIZAR O QUE É DE VALORIZAR!

Eis o excerto que tirei do Jornal Record on Line:
"...numa iniciativa integrada nas comemorações do 103.º aniversário dos leões, que decorreu ontem à tarde na Praça do Centenário, junto a Alvalade, e que reuniu as diversas modalidades do clube. Bettencourt mostrou, aos 48 anos, destreza - ou, pelo menos, tentou - em variantes tão distintas como tiro ao alvo, corfebol, andebol, futsal, "paintball", hóquei em patins... sem patins e, imagine-se, karaté, em que não levou uma tareia por se tratar de uma demonstração. No final, o presidente leonino elogiou a diversidade das modalidades praticadas no clube.
"É muito bonito este lado do Sporting menos mediático, mais desconhecido. O futebol tem páginas e páginas nos jornais. Estas modalidades não têm nada. Não fazia sentido estar a misturar o futebol com isto que se passa aqui. Este é o lado puro do desporto, que todos podem praticar, aqui, no Sporting", sublinhou Bettencourt..."

quarta-feira, 18 de março de 2009

INCOERÊNCIAS DA FPF


Não tenho por hábito vir a este espaço escrever, embora seja um leitor muito atento em relação a tudo o que se passa neste site, até porque considero que se trata de um espaço privilegiado para os adeptos e amantes do FUTSAL poderem reflectir e debater ideias (mais ou menos valiosas) que visam a melhoria e o desenvolvimento da modalidade.

Quando se fala no desenvolvimento desportivo da modalidade, subentende-se a adopção de estratégias e politicas desportivas que procuram o fomento, o “INCENTIVO e ESTIMULAÇÃO”, dos praticantes com vista a um crescimento sustentado e potenciar a médio e longo prazo, qualidade de recursos que levem as selecções e os diferentes campeonatos a terem um maior impacto junto das populações e um maior reconhecimento junto da sociedade.Tais politicas não se devem centrar apenas nas modalidades mediáticas (caso do Futebol), que na minha opinião acabam por não ter grande necessidade desse tipo de politicas, uma vez que, o seu natural mediatismo leva a uma afectação natural de recursos e de praticantes que, per si, já vão sendo autosustentáveis. Tudo isto se resume a politica e estratégia, não só a nível Federativo como também a nível Governamental e dos meios de comunicação social.Esta pequena introdução serve para enquadrar e introduzir o motivo deste texto e da minha indignação enquanto adepto e amante do FUTSAL.

Fiquei algo perplexo quando esta semana li na comunicação social que a Federação Portuguesa de Futebol decidiu criar a Selecção B (Sub-21) de Futebol, com os argumentos que passo a citar “Espero que seja uma boa oportunidade para incentivar e estimular estes jogadores, que estão aqui connosco, para passar uma mensagem que a Selecção está atenta às exibições e ao trabalho que estão a desenvolver e, sobretudo, deixar uma mensagem de trabalho e preocupação com aquilo que tem de ser a construção do nosso futuro”. Tais argumentos são legítimos e percebo que o Prof. Carlos Queirós apresente estas ideias e que a Federação prontamente desenvolva este projecto. Certamente irá envolver inúmeros recursos financeiros, humanos e materiais. A minha perplexidade vem no seguimento da politica adoptada pela mesma Federação para a MODALIDADE do FUTSAL onde não quiseram criar a mesma selecção de SUB-21 (que teve um campeonato da Europa a relativamente pouco tempo), com o argumento da a falta de recursos financeiros por parte da FPF, o que agora não se veio a verificar, surgindo os recursos necessários.Não será legitimo o Futsal ser alvo de semelhantes projectos, principalmente porque se formos a fazer uma comparação de orçamentos entre as duas modalidades, facilmente notamos que os recursos afectos a estes projectos no Futsal são substancialmente mais baixos do que para o Futebol 11.Mais, outro dos argumentos apresentados na conferência de imprensa foi “o que pretendemos com este estágio, é criar oportunidades para estes jogadores estarem com a selecção, treinarem, estarmos juntos, ganharem aquele sentido de família e de solidariedade´. Depois de ler estas declarações, mais questões se levantam, será que os atletas do Futsal não terão semelhantes necessidades? Será que o pouco grau de profissionalismo que existe em Portugal para os atletas de Futsal, não teriam mais necessidade deste tipo de projectos e iniciativas, com vista a promover uma maior adaptação ás exigências e rigores do que é representar uma selecção nacional?

É interessante ouvir o Seleccionador Nacional de Futebol 11 a dizer que é preciso “Criar mais oportunidades para mais jogadores ganharem experiência internacional, para que a curto, médio e longo prazo a Selecção Nacional – Clube Portugal possa beneficiar desta capitalização de experiências.”. Para os menos atentos, este argumento parece valido, mas não nos podemos esquecer que o futebol 11 tem selecções nacionais de diferentes camadas jovens, existem jogadores nos escalões de formação que já tem contratos profissionais e o próprio grau de profissionalismo desses escalões de formação nos clubes, já é extremamente elevado. Será que realmente existe esta necessidade? Poderia tentar comparar a realidade do Futebol 11 com o Futsal, mas estaria a cair no ridículo, tendo em vista a disparidade das realidades a nível de selecções jovens (no futsal são inexistentes), bem como a realidade dos clubes, onde apenas temos quatro clubes profissionais (no escalão sénior).

Posto isto coloco uma questão, qual das modalidades necessita de maior apoio e incentivo para promoção da modalidade? Qual das modalidades necessita mais de criar espaços que promovam experiência competitiva internacional para os jovens atletas?Para terminar esta reflexão, pego em mais uma citação do Prof. Carlos Queirós que diz que o projecto da selecção B visa a criação de “alternativas, para não estarmos dependentes, como no passado, de um ou outro jogador que faça a diferença.” Pois bem, penso que o Futsal tem uma necessidade ainda mais urgente desde tipo de projectos, claro está se a politica da FPF for de promover e desenvolver esta modalidade, isto porque, a nossa selecção de Futsal está cada vez mais velha e os recursos ao dispor do nosso seleccionador são escassos tendo em vista o nível competitivo que esta modalidade tem a nível internacional. Tal situação tem levado a que o seleccionador Orlando Duarte tenha que recorrer a jogadores brasileiros naturalizados (não está em discussão se tem qualidade ou não), correndo o risco da nossa selecção se tornar numa “terceira selecção Brasileira” (à imagem do que se passa com a Itália), isto claro, se quisermos continuar a ter a projecção mundial que temos nesta modalidade.Não quero que se pense que sou anti-Futebol 11, este tipo de projectos são de louvar e são extremamente importantes, mas a FPF deverá ajudar todas as modalidades que estão na sua dependência de uma forma equitativa, e procurar o desenvolvimento sustentado das mesmas. Torna-se urgente que a FPF, invista numa modalidade que tem uma grande aceitação junto da sociedade e que tem tido um crescimento exponencial nos últimos anos que mais nenhuma outra modalidade teve, muitas vezes contra-ciclo em relação ás preocupações da FPF.

Anónimo em o Cantinho do Futsal

"...De facto, o que transmites são verdades incontornáveis.Todavia, todos os aspectos de estrutura e organização que são mencionados, ´esbarram´ na atitude dos clubes.Não tenhamos duvidas que a prioridade da FPF é, e sempre será o FUT11, até porque gera incomparavelmente mais receitas que o Futsal.Tendo em atençaõ esta ´variavel´, a FPF e as Associações só vão ´apostar´ um pouco mais no Futsal com ´pressão´ e principalmente ´com participação´ dos clubes.

Participei em todas as Assembleias Gerais (ordinárias e extraordinárias) realizadas na AFLisboa nos ultimos 4 anos.Em todas essas ocasiões não assisti a NENHUMA proposta, NENHUMA sugestão, NENHUM ´input´ de NENHUM clube.NADA existiu nos ultimos 4 anos, excepto o ´chato´ do João Morgado, em representação de um clube muito pequenino do Lumiar, que sempre ´levou´ para todas elas propostas, inclusivé muitas delas aprovadas.

Desde então, apenas EU impertiguei a AFL com a criação de Regulamentos de Provas, com Faxes e emails quando os Regulamentos não eram cumpridos, com ´exigências´ estatutárias que solicitava nas Assembleias Gerais e muitas outras coisas que não vale a pena agora falar nelas.Tanto, mas tanto ´os impertiguei´, que me convidaram para ´lá´. Não será para me ´baixarem a voz´, isso garanto, mas o importante aqui passar é que NADA SE FAZ SEM QUE OS CLUBES QUEIRAM, NADA SE FAZ SEM A SUA PARTICIPAÇÃO E TUDO SE VAI MANTER SE OS CLUBES NÂO INTERAGIREM PARA QUE O CENÁRIO SE ALTERE.

João Morgado (ACC) ..."

LER TUDO AQUI!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

É CURIOSO...


É curioso. Enquanto na América do Sul e na Ásia existem competições de selecções, na Europa nem competições de Clubes temos.

Algumas destas selecções constituem-se só para estes campeonatos, nomeadamente, no Campeonato Sul-Americano do ano passado participaram: Argentina, Brasil, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Peru, Venezuela e o país Organizador o Equador. Nos Jogos Asiáticos participaram: o Japão, China, Tailândia, Irão... Nalguns dos países participantes o papel das mulheres ao nível da sua participação nas decisões é extremamente reduzido, na generalidade a mulher como atleta é vista com muito maus olhos. No entanto, existem competições internacionais.

É difícil de entender, para quem segue a divisão de Honra de Futsal Feminino em Espanha, com o alto nível de futsal que já se pratica, com tendência para crescer ainda mais, com equipas que treinam diariamente e com treinadores profissionais que estas jogadoras não tenham competições internacionais.

A desculpa de que existe falta que formação de base no Futsal Feminino, que a existência da mesma asseguraria a continuidade do mesmo não me parece ser suficiente porque, para que isso aconteça, também é necessário fazer uma maior projecção e difusão da modalidade no feminino.

As atletas das nossas escolas em Elche, não querem ser como o Messi ou o Cristiano Ronaldo, elas querem ser como Bea, Txitxo, Alicia, Susana ... e se as vissem a disputar um campeonato europeu ou do mundo, daríamos um salto gigante para termos cada vez mais atletas na formação. A chave é encontrar uma fórmula competitiva para que elas continuem a praticar a modalidade depois de serem separadas dos rapazes nas escolinhas de base.
É aí que temos de encontrar uma estrutura competitiva para as abrigar, seja ela nos clubes ou na escola de forma a que elas não abandonem a modalidade.

Carlos Navarro – Treinador do Femesala Elche (Actual Campeão Espanhol) - Editorial do Fútbol Táctico de Fevereiro

Tradução Fernanda Piçarra

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

SL BENFICA vs CRCQL - FOLLOW UP

Agora, com a cabeça mais fria depois de tantas emoções não podia deixar de vir aqui tecer algumas palavras:

1) AGRADECIMENTO
Quero agradecer a todos os que se deslocaram ao Pavilhão da Luz para assistir ao Jogo. Foi muito gratificante estar lá em baixo e sentir o calor do Público. O Futsal Feminino também pode dar bons espectáculos. A sensação do dever cumprido e de nos podemos divertir todos com estes jogos é algo que não consigo pôr em palavras. Há uma coisa de que tenho a certeza, as equipas podem ganhar, perder ou empatar mas o Futsal foi o grande vencedor. Sim, o Futsal, porque estiveram LÁ AS PESSOAS DO FUTSAL! JOGADORAS, JOGADORES, DIRIGENTES, TREINADORES, ÁRBITROS, PÚBLICO...

2) UM RESULTADO QUE SOUBE A POUCO MAS JUSTO
Quero também dizer e, porque é justo, o SLB foi uma equipa de grandes campeãs que nos colocaram mais dificuldades ainda do que estávamos à espera, custa muito empatar um jogo quando estamos a vencer a 3-1 a 58 segundos do final mas, penso que seria um resultado algo injusto para a forma como se desenrolou a partida. Ao contrário do que foi veiculado pelos sites ligados à modalidade, estamos muito longe de ser campeãs. Precisamos de 7 vitórias, o que vai ser muito difícil porque, tal como nós acreditámos, as outras equipas também vão acreditar que nos podem derrotar. Quanto mais difícil nos tornarem a vida, mais sabor terá uma eventual vitória no Campeonato.


3) AS NOMEAÇÕES
Nunca falo das Arbitragens e, peço desde já desculpa, mas só sei o nome de dois ou três árbitros embora seja treinadora há quase vinte anos. Normalmente só me preocupo em preparar a minha equipa para ser cada vez melhor. Mas pronto, era um jogo importante e fui ao Cantinho do Futsal pesquisar pelo nome do árbitro e o que li deixou-me algo apreensiva.
Será que para os grandes jogos não deviam ser nomeados os árbitros mais qualificados? Continuo a dizer que penso que foi um resultado justo mas, como me preocupa muito o futuro, ponho esta questão.

4) A NÃO TRANSMISSÃO EM DIRECTO PELA BENFICA TV
Quero já aproveitar para dizer a todos os que quiserem ver ou rever o jogo que segundo a calendarização da Benfica TV para esta semana temos:
- Quinta-Feira 12, à 1 da manhã e às 19h
- Sábado dia 14, às 8h15
Como sabem, a Benfica TV é um canal recém-formado e que ainda está a dar os primeiros passos. As modalidades do SLB também ainda se estão a adaptar a esta nova e boa realidade e estão todos em fase de adaptação. Todos ficámos tristes por não ter dado em directo. Agora, o que sinceramente espero, é que as condições que foram reunidas, público, incerteza do resultado, beleza tenham sido suficientes para proporcionar mais transmissões e que sim, todos nós o solicitemos, não porque tem de ser mas porque temos qualidade e público.

5) A NOSSA MODALIDADE: O FUTSAL!
TODOS NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS POR VENDER BEM A NOSSA MODALIDADE. O FUTSAL PARA A FPF REPRESENTOU "APENAS" UMA FORMA DE TER MAIS ATLETAS E ASSIM AUMENTAR A SUA PERCENTAGEM EM RELAÇÃO ÀS OUTRAS MODALIDADES E FEDERAÇÕES.A frustração que sentimos pela falta de reconhecimento por parte da FPF é enorme. Agora, isto acontece também, porque existe falta de mobilização dos clubes de forma a reivindicar o que parece óbvio para todos:
- Falta de representatividade do Futsal nos órgãos de Decisão das Associações Distritais e na FPF;
- Falta de Orientação quanto ao desenvolvimento da Modalidade;
- Falta de Complementaridade com o Desporto Escolar;
- Alguma desadequação dos Quadros Competitivos;
- Cursos de Treinadores com Calendarização e Horários Desadequados e com um Custo exagerado para a realidade quase amadora do Futsal.
Isto só acontece porque existe falta de mobilização e de visibilidade da modalidade.
A nossa conquista tem de ser feita com base na união e com o aumento da qualidade do nosso trabalho. Surpreendentemente, mesmo dando às duas da manhã, houve muitas pessoas não ligadas ao Futsal que viram o jogo e que ficaram agradavelmente surpreendidas com a qualidade do mesmo. O que eu quero dizer com isto; - É QUE TEMOS DE TRABALHAR MAIS E MELHOR PARA CONVENCER OS MEDIA E O PÚBLICO QUE DE VALE A PENA VER OS NOSSOS JOGOS! TEMOS DE SAIR DO NOSSO CANTINHO E FAZER MAIS PELA DIVULGAÇÃO DA MODALIDADE DO QUE O FAZEMOS HOJE! TEMOS DE MANTER O NOSSO PÚBLICO E DE CONQUISTAR MAIS!

6) A IGUALDADE DE GÉNERO E COMENTADORES
Talvez por coincidência, ou não, nas únicas duas transmissões televisivas de que as minhas equipas foram alvo, primeiro no Estádio do Dragão na Final da Taça Coca-Cola transmitida na sessão inaugural da Sport TV3, e agora nesta da Benfica TV, chamaram-me Fernando Piçarra. Palavras para quê? Talvez um pouco mais de cuidado por parte de quem até deve ganhar a sua vida a fazer comentários. Quem ouviu os comentários do Pedro Catita ficou, decerto, a saber mais sobre Futsal Feminino. Quando levamos o que fazemos a sério, é assim que procedemos. Informamo-nos, pesquisamos... Damos informações correctas que ajudam a informar os telespectadores sobre a modalidade e assim prestamos um bom serviço e profissional. Não é agradável estar a ouvir constantemente durante a transmissão: QUINTA DOS LOBOS em vez de QUINTA DOS LOMBOS...

7) O FUTURO É JÁ NO PRÓXIMO DOMINGO!
Como a vida continua, no próximo domingo vai haver outro grande espectáculo de Futsal entre o CRCQL e o SLB no Pavilhão Desportivo dos Lombos pelas 15h. Desta vez as protagonistas são mais jovens, mas de muita qualidade também. Com a curiosidade de as posições na tabela estarem invertidas. O FUTURO ESTÁ ASSEGURADO! VENHAM VER QUE ELAS TAMBÉM MERECEM!

Desculpem o testamento. Deve chegar até... à próxima vez...
Fernanda Piçarra

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O $INTERESSE$ DA FIFA NAS MULHERES


Segundo um estudo realizado pela consultora SPORT+MARKT, 38% dos adeptos de futebol são mulheres. O estudo com o nome “Women´s World of Football” levou em conta 20.000 inquéritos realizados em 21 países e demonstra que 300 milhões dos 800 milhões de adeptos de futebol em todo o mundo são mulheres. A importância destes números aumenta quando o tema é a selecção nacional. O apoio à selecção nacional de cada país, é hoje uma forma de construir uma identidade nacional, movendo nações inteiras e as mulheres não são alheias a esse fenómeno.

Os Mundiais da FIFA são as competições que as mulheres mais seguem, no entanto as senhoras também seguem as ligas nacionais. Por exemplo, as mulheres Chinesas têm particular interesse pela Premier League, enquanto as Argentinas gostam de seguir a sua liga nacional. Fora de Inglaterra, quase 1/3 dos adeptos que seguem a Premier League são senhoras, o que corresponde a mais de 70 mil espalhadas pelos restantes 20 países da sondagem.

As mulheres podem ser consideradas compradores compulsivas no que diz respeito a artigos relacionados com futebol, gastando mais do que o adepto masculino. Desta forma a mulher representa um potencial alvo de marketing para empresas e clubes. O seu particular interesse pela moda e adereços, pode vir a significar uma forte aposta dos clubes na renovação do seu merchandising, tendo como principal objectivo captar o ainda por explorar mercado feminino do futebol.


Há muito que a FIFA vem dizendo que a Expansão do Futebol passa pela adesão do Género Feminino em todas as suas vertentes. O fomento das competições Internacionais de Futebol Feminino é disso exemplo.

O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO... Chegará a altura em que o aumento de Atletas passará pelo fomento do Futsal nos Países Nórdicos, Inglaterra e Alemanha... Será então a altura do FUTSAL... Quando?...Não sei... Mas CAMINHEI PARA ISSO!