segunda-feira, 29 de junho de 2009

UM OLHAR SOBRE A FINAL




1 - O PÚBLICO
UMA PALAVRA: IMPRESSIONANTE.
Num pavilhão repleto, a rebentar pelas costuras, foi bonito ver o público adepto das duas equipas lado a lado, com bombos à mistura. O Futsal Feminino enche pavilhões e tem jogos competitivos que despertaram paixões de Norte a Sul do País.


2 – O JOGO
Os Restauradores tinham a vantagem do resultado na primeira mão e era grande a curiosidade em saber como é que o Vermoim iria reagir. Algo curioso, foi o facto de ambas as equipas não terem Guarda Redes Suplente. Tal como já haviam feito em Carcavelos, os Restauradores tomaram conta do jogo com maior posse de bola, decorrente da boa capacidade individual e colectiva das suas jogadoras, apostando o Vermoim nas transições rápidas. Ambas as equipas tiveram boas oportunidades para marcar mas foram os Restauradores a inaugurar o marcador respondendo o Vermoim, pouco tempo depois, com o empate. De seguida, foi o melhor período dos Restauradores, passaram o resultado para 3-1 dominaram por completo o jogo e já se cantava campeãs nas bancadas. Com uma vantagem de 5 golos na eliminatória, André Teixeira começou a rodar um pouco mais a equipa mas a crença das jogadoras de Vermoim e alguns erros, que não são normais, nas agora campeãs nacionais, ditaram que perto do intervalo e, num espaço de 2 minutos, o resultado passasse de 1-3 para 4-3. Á saída para o intervalo o público e a equipa da casa começaram a acreditar que tudo era possível. O 5-3 logo no início da segunda parte aumentou a emoção do jogo mas diminuiu (no meu entender) a qualidade. Os Restauradores e o Vermoim atacavam com precaução e de uma forma muito directa, apostando no 3x1 e na capacidade individual das suas jogadoras em resolver o jogo evitando as transições até porque ambas as equipas rodavam muito pouco as suas jogadoras e tinham de as poupar. Valeu neste período (mais uma vez) a maturidade e experiência de jogadoras como a Marlene e a Catarina e a irreverência da Sofia, que numa arrancada individual fez o 5-4 a pouco mais de um minuto do fim. Percebeu-se a sua alegria na comemoração do golo, num momento importante e, num jogo que não lhe estava a correr de feição mas a sua expulsão poderia ter sido evitada. Com uma jogadora a mais, o Vermoim levou ainda algum tempo a adaptar-se mas ainda conseguiu fazer o 6-4 a 30 segundos do final. Nesta altura, sem ainda ter cinco faltas, as experientes jogadoras de Avintes não tiveram dificuldades em manter o resultado. Estava encontrado o novo Campeão Nacional.

3- A ARBITRAGEM
Esta será a meu ver a grande dificuldade das equipas na Taça Nacional. A adaptação aos diferentes critérios das equipas de arbitragem das diferentes associações. E mais não digo.

4- A FPF
A Taça Nacional teve grandes jogos. Lembro-me, na fase de grupos, dos jogos entre os Restauradores e o Vilaverdense, entre o Vermoim e o Flaviense, entre a Golpilheira e o Fundão, entre o CRCQL e o PCR, bem como os grandes jogos das meias finais. Para além destas equipas, temos ainda clubes do Porto, Leiria, Lisboa, Braga e Setúbal que ficaram de fora e que teriam condições de disputar jogos equilibrados com qualquer uma destas equipas.
Como eu disse na antevisão que fiz do jogo com os Restauradores: ERA BOM QUE FOSSE SEMPRE ASSIM. TODOS IRIAMOS MELHORAR.
Infelizmente, parece que quem decide, não está minimamente preocupado com a evolução da modalidade. Se formos ao site da FPF não há uma única menção aos vencedores de competições organizadas pela FPF, falo das Taças Nacionais Feminina, Juniores A, Juniores B e do apuramento do vencedor da 3ª Divisão Nacional Masculina. Para não falar do ridículo que foi a atribuição da Taça do COP, não se percebendo o porquê... ou talvez sim.
Será pela petição que vai ser entregue dia 7 de Julho na AR? Talvez... O Futsal Feminino merece mais respeito!

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